O Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJRJ) iniciou um debate para encontrar soluções para o problema estrutural da superlotação e da precariedade nas unidades de internação de adolescentes infratores. A coordenadora Judiciária de Articulação das Varas da Infância, Juventude e Idoso (Cevij), juíza Raquel Chrispino, reuniu juízes da infância de várias comarcas (Capital, Nova Iguaçu, Belford Roxo, Campos dos Goytacazes, Niterói, São Gonçalo e Itaboraí) para debater a situação de forma conjuntural. As nove unidades do Degase existentes no estado não têm condições de receber mais jovens, de acordo com a Justiça. Atualmente, o sistema possui 2.033 adolescentes internados para um universo de apenas 1.075 vagas.
Os juízes avaliaram os locais com maior demanda e constataram quais são as regiões em que é necessário construir novos centros de internação, que poderão desafogar o sistema socioeducativo. A sugestão é erguer pelo menos três Centros de Socioeducação (Censes) na Região Metropolitana para diminuir o excedente de adolescentes provenientes principalmente de Niterói, São Gonçalo, Magé, Itaboraí e Maricá; dois Censes na capital para receber os jovens internados no Educandário Santo Expedito, em Bangu, que precisa de reformas; um Cense na Baixada Fluminense, para reduzir a lotação da unidade já existente em Belford Roxo; uma unidade na região da Baixada Litorânea e outra no Norte Fluminense.